domingo, 21 de janeiro de 2018

O SALGUEIRO DA MINHA INFÂNCIA





O salgueiro da minha infância
Cobriu-me do meu destino
Abraçou-me no balanço
Penetrou meu ser por inteiro

Abraçada em suas folhas
Largadas em cordões de ouro
Confabulava sobre os deuses
Olhar profundo no eterno

Embalada pela brisa
O salgueiro de outrora
Ainda hoje me visita
Onde encontra minh'alma
Viajante de mil mundos

Hoje é que compreendo
Sob a sombra do salgueiro
É meu porto de chegada
É meu ponto de partida

Eu acolho com carinho
a minha história de vida
Em concordância assentida 
No silêncio do salgueiro.