sábado, 2 de dezembro de 2017









                           Lance fora a hipocrisia, a covardia, o julgamento. No lugar deles, coloque o amor, e tão somente o amor. Inspire-se em Jesus, o grande mestre que nos ensina o amor divino do qual todos nós viemos. Esquecemos como é amar no caminhar da vida. Lá, quando éramos ainda crianças é que sabíamos o verdadeiro sentido do amor. Na pureza do coração de criança sabíamos quem éramos. Ao crescer nas inconstâncias do viver, desaprendemos como olhar para nós mesmos com generosidade e aceitação. Ao olhar para a dor de outrora, fugimos com medo e vergonha.
                         Neste Natal nenhuma porta ficará fechada para a verdadeira transformação de alma, um novo e belo desabrochar. Um olhar verdadeiro e profundo para as nossas dores que nos transformaram em pedra. Olhar para a vida com aceitação e amor nos torna mais humanos e generosos com o próximo.
               A porta estará aberta neste Natal tão somente para que olhemos para as nossas reivindicações e injustiças. Há que se ter coragem para olhar com muito amor para tudo aquilo que dói em nós. Tomar a vida como ela é em sua essência assentindo a tudo o que veio com ela e transformar tudo isso em força para prosseguir na jornada do nosso destino.

A decisão é sua de abrir a porta neste Natal. O que você escolhe?

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Quando o julgamento sai de cena, o amor entra para iluminar e derreter a dureza do nosso coração.

              Assisti o filme “A Cabana” e a cena mais impactante para mim, foi quando Mack se encontra com a sabedoria. O momento onde ele é confrontado com a sua profunda dor da perda do bem mais precioso. Como todos nós, ele também julgou o assassino e a ele estava acorrentado pela emoção da revolta. A sabedoria aponta para uma cadeira onde Mack deveria se sentar para julgar o assassino de sua filha. Apesar de ter a oportunidade de julgá-lo como qualquer um de nós faria, ele não quis assumir a posição de juiz. Uma pergunta me vem à mente: Por que estamos o tempo todo julgando as atitudes e decisões das pessoas a nossa volta? Caso fossemos chamados a sentar na cadeira do juiz, com certeza ficaríamos constrangidos. Comprometemo-nos com nossos pensamentos e ações de julgamento, mas não assumimos isso como fato. Talvez a cadeira do juiz nos constranja e nos faça olhar para as nossas próprias falhas. Olhar para as nossas falhas e dores não é fácil e requer coragem e desprendimento. Negamos tudo aquilo de que não gostamos em nós. No entanto, avaliamos pelos nossos padrões as escolhas e decisões daqueles que mais amamos e também daqueles dos quais nem conhecemos a história de vida. Somos tão arrogantes e orgulhosos que queremos resolver a vida dos outros segundo os nossos valores. Quanta ousadia!
                   Voltando ao filme, Mack teve que sentar na cadeira do juiz e julgar o assassino e também o seu pai, a quem culpava por, segundo ele, não ter sido um bom pai. Somos assim mesmo, julgamos nossos pais e reivindicamos deles aquilo que julgamos que deveriam ter feito ou nos proporcionado. Quando Mack, constrangido foi sentar na cadeira, imediatamente começaram a passar algumas cenas da infância do seu pai. Quando Mack pode ver que o seu pai foi um dia uma criança assustada e que também teve que enfrentar muitas dificuldades, comoveu-se e compreendeu a verdade, e chorou. Em outra cena, apareceu o assassino de sua filha quando ainda era um menino. Pode perceber também ali, uma criança sofrida e rejeitada. Muito mais difícil foi olhar e assentir, dando lugar ao amor em seu coração. O amor e simplesmente ele, dissolve as dores mais profundas da alma. É somente quando soltamos a dor deixando-a ir embora que compreendemos o amor e o alívio no coração. Como é sofrido esse processo! Mas, depois, quanto alívio e paz de espírito invade todo o ser.
                 Permita-se viver essa experiência em sua vida! Mude o seu olhar e inclua a todos com generosidade e aceitação. Dessa forma acabar-se-ão todos os preconceitos e julgamentos que começam na mente humana.